A chuva cai esplendorosa sobre mim,
Enquanto meu corpo permanece inerte
Vejo-te distante imergido na escuridão
Tento alcançar-te, mas meu olhar é fraco,
Insuficiente para acompanhar teu trejeito
Sou abraçado por forças catastróficas
Cedo! - estendendo-me na calçada sombria
Observando um céu soturno e apartado
Que ser és tu? - minha pessoa definha,
definha sobre teu ser resplandecente
Evocando memórias de suplício e angústia
De mim para mim... tua pompa questiono
Não encontro refutação, apenas ilusão
Nefasto! - Assim resíduo eu em tua alma.

Gonçalo Camões
3/12/2009
Sem comentários:
Enviar um comentário