segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Loucura

Se eu fosse um ser próspero
E a minha vida fosse contínua
Lá chegaria a dita de minh'alma.

Em vez disso, mato-me no bafo do cigarro
Enquanto apoteoses de loucura lei-o
Cogitante num baque perfeito e harmonioso

Circunstâncias das quais não me elevo
Sento-me simplesmente aguardando num leito
Frio, distante e um pouco presunçoso.

Afinal que ser é este que apologizo?
É a escória da noite e da vida.

Gonçalo Camões
9.12.2009

1 comentário:

  1. Primeiro, adoro Florbela Espanca... Segundo, vejo um pouco dela no teu poema. E o teu poema ilustra muito bem a tua foto... Já te disse que adoro a foto?... :P Um pouco de loucura...

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