quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nefasto

Lá fora o vento corre sem rumo
A chuva cai esplendorosa sobre mim,
Enquanto meu corpo permanece inerte

Vejo-te distante imergido na escuridão
Tento alcançar-te, mas meu olhar é fraco,
Insuficiente para acompanhar teu trejeito

Sou abraçado por forças catastróficas
Cedo! - estendendo-me na calçada sombria
Observando um céu soturno e apartado

Que ser és tu? - minha pessoa definha,
definha sobre teu ser resplandecente
Evocando memórias de suplício e angústia

De mim para mim... tua pompa questiono
Não encontro refutação, apenas ilusão
Nefasto! - Assim resíduo eu em tua alma.

Gonçalo Camões
3/12/2009

Sem comentários:

Enviar um comentário