segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oceano dos apartos.


Longos tempos sem escrever agora ditam a minha alma, não porque não queira, simplesmente porque o tempo é escasso e a virtude de ideias segue o tempo. Contudo hoje o meu estado de alma renovou-se e apetece-me escrever sobre ti, sobre as ascendências que tu deixas em mim.
Hoje finalmente o meu corpo teve a possibilidade de descansar, pode usufruir realmente daquilo a que chamam férias, embora tivesse sido por poucas horas, foram o suficiente para sentir um pouco de gozo da vida e paz, algo que para mim se começava a surgir como uma necessidade básica.
Dirigi-me à praia, naquilo que parecia ser um dia normal com a família, queria tanto tocar o mar, sentir o sol a bater-me na cara, ficar sujo de areia e refilar, andar de óculos de sol e calções de banho... não perdi tempo, a razão pela qual não me têm surgido ideias prende-se com o facto de andar ocupado a trabalhar o que não deixa sequer um resto de tempo para mim, claro que no meu pensamento tenho sempre uma coisa, tu.
Vagueie pela praia, eram sete da tarde e no horizonte avistava-se o pôr do sol, tão bonito que ele era naquela sua cor quente, senti-o abraçar-me, parecia entender a razão verdadeira pela qual ali estava. Via as ondas enrolar como em tempos de puericía me cantavam, fiquei ali, sentei-me na areia. A praia estava praticamente deserta e a minha família ficara longe, suficientemente longe para eu poder mergulhar no meu pensamento. Lá ao longe vi-a um barco, iria para esse país onde tu te encontras talvez. O mar que nos separa envolveu-se em mim, o meu corpo movia-se com a água, mas cedo percebi que não me levaria longe, apeteceu-me chorar, mas percebi que questões físicas não me permitiam ir mais além.
Desapontado e comprometido com o falhanço fiquei mais uma vez a admirar o oceano, parecia tão belo, envolto no pôr do sol, no entanto tão belo me parecia como horroroso se demonstrava, afinal de tudo era uma das causas da distância presente entre nós, como podia ser possivel? Como é que algo tão bonito, causador de paz, podia igualmente apartar algo tão esbelto como nós? Não cheguei a conclusão nenhuma.
Imaginei-nos aos dois, naquela praia, realizando a fantasia que várias vezes já referira... nós, uma casa na praia, sentados na varanda, a usufruir do tempo, a gastar a nossa vida. Parecia a hora ideal, apesar de tudo não me senti sozinho, senti que me acompanhavas.
Deixei-me ficar, via o mar, no meio da areia surgia uma pena de gaivota, agarrei nela e escrevi o teu nome na areia como monte de outros apaixonados já haviam feito, o mar veio e levou o teu nome com ele, guardo-te nele, eu... eu fiquei aguardando que tu recebesses o meu chamamento, aquele que o mar levou com ele. Amo-te.

Gonçalo Camões
06/07/2010

2 comentários:

  1. this time all what I want is you .. there is no one else who can take your place . this time you burn me with your eyes , you see past all the lies .. you take it all away . I've seen it all and it's never enough it keeps leaving me needing you . take me away .. take me away .. I've got nothing left to say .. just take me away .
    I try to make my way to you but still I feel so lost , I don't know what else I can do I've seen it all and it's never enough . it keeps leaving me needing you . take me away .. take me away .. I've got nothing left to say just take me away .

    don't give up on me yet .. don't forget who i am . I know I'm not there yet .. but don't let me stay here alone

    this time all what I want is you .. there is no one else who can take your place . I've seen enough and it's never enough it keeps leaving me needing you ..

    take me away
    take me away
    I've got nothing left to say
    just take me away

    this time .. all I want is you :'(

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