quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hope.


Olho para ti... algo não está certo comigo, a minha mente está perturbada pelo teu ser. Repara para mim os acontecimentos que se vão gerando entre nós têm um grande grau de complicação, são sentimentos que envolvem a minha mente num estado de quimera. Porque está a minha mente tão influenciada pelo teu ser?
Estou sentado no metro obervando as pessoas, vejo-as beijarem-se, vejo-as amarem-se, vejo-as a serem humanas. Olho para mim, mas só te consigo ver a ti. Onde estás?
Observo-nos, penso sobre tal matéria, ou seja, nós e pergunto-me «será que a minha vida tem um final igual ao dos filmes? Porque é que tem tudo de ser tão complicado?»
Imagino-nos a correr pela praia, mão dada, expondo o nosso bem-querer, a nossa contenda... olhas para mim e fico preso. Já alguma vez pensaste assim? Profere-me tal palavra mais uma vez, não a mandes simplesmente ao ar demonstra-me que és sincero. Digo-te já o porquê...
Sabes que eu não era assim, não era como sou hoje, frio e distante, era um ser até bastante afável, deixei de ser, mas volto agora ao meu antigo «eu», deixa-me expor-me. Parei, vi-te, fiquei especado, olhando-te, vendo aquilo pelo qual o meu amor se presa, olhas-me e desfaleço, sabes como o teu olhar me deixa enclausurado em ti? Não é só isso, falas comigo as minhas pernas tremem como nos filmes, pareço um desarticulado, uma pessoa que não controla o seu corpo. Eu falo tanto do teu toque, porque será? É a melhor coisa do mundo, é quente, deixa-me arrepiado, faz-me sentir outra pessoa, beijas-me... aí o meu corpo envolve-se num estado de nirvana. Vou usar um cliche... tu inspiras-me. Aliás, este desabafo só por si é um cliche e depois? Eu sinto-o, sinto o que digo, isso não é mais importante? Deixa de ser especial porque é cliche?
Ter-te-ei em breve nos meus braços? O meu corpo espera aqui ansioso, espera por ti, espera pela hora em que no fim te hás-de abarcar comigo.
Olho para ti... caiu a noite, sinto-me sozinho, vem para junto de mim, sabes que eu te quero, estou à espera que deixes de ser um sonho, vem ter comigo, torna-te real.
Olho para ti...

Gonçalo Camões
15/04/2010

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