quarta-feira, 17 de março de 2010

Cólera

Sentimentos que sob o ser se abatem

Revigorados por volúveis contendas

Caiem o véu de uma farsa tumultuosa,

No horrendo escárnio que se ala

Sofrem as almas de dolência pura

Doce amizade putrefeita por erros

Afere o descontentamento dos amantes

Envolta de uma peleja feita de enganos

Lutam os amados para a construção de muros

Resguardos da cólera do Homem comum

Bem-querer abatido por tempestades

Combate desesperadamente a ira,

Desventura de um ser definhado de paixão

Evoca a essência mais profunda dos dilectos

Prevalece a força dos ditosos apaixonados

Gonçalo Camões

25/06/2009

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