segunda-feira, 8 de março de 2010

Ser.


Sou o que sou.

Vou ser o que sou, perdi o medo de me expor... vou guardar o que tenho a guardar para mim, exprimo-me por estes lados.
Não irei ser um fardo, nunca o quiz ser, nestes campos só lê quem quer, só ouve quem sabe e quer ouvir. Se vêm procurar histórias felizes, vão a uma livraria e comprem os livros do Charles Dickens, pois por aqui não se encontram contos. Apenas realidade, a minha realidade.
Não queiram conhecer-me, vão assustar-se.

Gonçalo Camões
8.03.2010

3 comentários:

  1. vais-te assumir ?? loool tem juizo -.-

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  2. Eu conheço-te. Não me assustei. És uma espécie de vento que transporta a praia toda pela minha janela. Um sorriso rasgado que ainda não se conhece, uma serenidade no brilho dos olhos, aquele brilho que nasce nas estrelas e liberta o seu pó para dentro das pupilas. As pessoas devem ter medo de não saber caminhar. a Exposição é apenas mais um quadro de algum artista que nos criou. Os críticos dirão mal, o público adere e solta-se um grito de procura pelo caminho. Eu sou o que sou na minha loucura, eu sou o que sou em todos os espelhos. eu sou tudo o que não sou pela negação de ter sido sempre alguma coisa, ou alguém fora de mim... e dentro desde a concepção! Assusto.me... mas nunca contigo!

    SOME WORDS CAN TELL A SECRET, SOME IDEAS CAN TELL A NAME xD

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  3. Sabes? Escreves bem...

    Para cada problema há, pelo menos, duas perspectivas. Pode e, quase sempre, há mais; mas, por uma razão de simplicidade, vamos limitar-nos a duas.

    Em primeiro, vais expor o quê? Quando dizes que vais ser verdadeiro, é uma afirmação que deves fazer com muito cuidado: a verdade acerca de ti não é igual para todos, independentemente de que verdades é que te interessem. E depois, nunca és completamente verdadeiro: com os outros de certeza que não. Pela leitura dos teus textos, tu próprio chegas a ter medo de ti. Por maioria de razão, nunca te dirás a ti próprio, como tu te entendes na tua verdade, aos outros, ao menos totalmente.

    Depois, um tópico recorrente nos teus textos é o medo de crescer, o medo de perder a infância, com as naturais consequências de perda da inocência e pureza. Tenho-te a dizer: ACORDA!!! A vida é difícil: esses teus medos são factos consumados da vida. O que realmente importa é o que deves e podes fazer acerca disso. Achas que és só tu que os sentes? Não... toda a gente os sente e toda a gente pensa sobre eles; e, mais importante, toda a gente aprende a lidar com eles e a enfrentá-los. Faz o mesmo.

    Outra coisa. Ficas tão preocupado com a imagem que os outros têm de ti. Por várias vezes escreveste que ficas com imagem de mau, de pessoa que não interessa. Não te parece uma contradição que te queiras expor (o que quer que isso signifique) e que tenhas tanto medo de como os outros te vêem? Pensa nisso. Mais: se não gostas, muda... não te queixes. Estás farto de tomar más decisões. Dás uma imagem de ti próprio como frágil em busca de uma permanente força... e o mal que já fizeste aos outros? Pensa em quantas pessoas já puseste a chorar, quantas pessoas já magoaste.
    Ao menos, sê verdadeiro contigo próprio: deves a ti próprio, já não para falar dos que magoaste, admitir a ti próprio as merdas que fizeste e ganhar responsabilidade por elas. Idealmente, pedirias desculpa.

    Queres ser verdadeiro, expor-te? Ganha humildade suficiente para admitir os teus erros e reconhecer os erros que fizeste.

    ESTÁ NA HORA DE CRESCER!

    Enquanto não o fizeres, não passam de mentiras disfarçadas de palavras bonitas. Muita poesia e pouca substância.

    Só uma proposta de reflexão...

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